Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!
Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão. [...]"
Fernando Pessoa
O tempo
Ido
Perdido
Colhido
Tolhido
Passou despercebido e hoje exige
Postura
Cultura
Mesura
Mas não há volta
E ele urge
Ressurge
Na expectativa de ser
Inflama o peito
Inunda a vida
À garganta seca
A sensação de nunca satisfeita
Não adianta correr
Mas não há outra coisa a se fazer
O desejo consome
À fome delira
O peito taquicárdico
A ideia vagueia
Tempo que se perde no vento
Calma, tempo...
"fique comigo...seja legal"
Naiana Carvalho
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