27 de setembro de 2012

"Onde o que eu sou se afoga"

Ilustração de Alessandro Gottardo


Estreiteza da visão. 

                            Parcimônia de si. 
                                                    Débil paixão. 
E os sonhos caminham a passos lentos em fila indiana. Pé ante pé.
Matadouro a vista.
Moenda. Moinho.
Fim.
Cheirava a asfalto molhado por chuva insípida. Daquelas que ameaçam - fazem juras -, mas só perpetuam o calar, prolongam o calor.
E subia-lhe da alma o querer ocre do fim. Perscrutavam-lhe - em segredo não escolhido - quaisquer sentidos "acerca de" que, de já a tanto elaborados, haviam fincado raízes no etéreo.
Sentido. Intento. Pensamento. 
Razão. Acepção.




Naiana Carvalho




"Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita"

Chico


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