12 de agosto de 2011

À espera da redenção




As palavras não me vêm mais com a mesma veemência que outrora. Me viram as costas por tê-las renegado por tanto tempo. Imperiosas, não perdoam meu súbito abandono. Em vão tento explicar que por vezes a distância se faz necessária. Que minha devoção a elas permanece intacta. Em vão. Me deixam de lado e me excluem dos antigos círculos em que juntas, tantas vez, nos foi oportunizado o libertar das almas. E enquanto se faz sina, permaneço à espera de seu perdão. Crendo que serei em breve redimida. Para que juntas, possamos retomar nossa estrada, para além de onde paramos.


Naiana Carvalho





‎"A pá lavra

no íntimo território das sílabas
a necessária colheita."



Ronaldo Cigano



Um comentário:

  1. Incrível como me identifiquei. E exatamente por isso, exatamente por encontrar-me abandonada, não há mais o que se dizer.

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